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A mostrar mensagens de 2014

Feliz 2015!!!!

Eu não vou desistir do ideal Porque eu sei que ele não chega E que eu não chego também Mas talvez não faça por mal Que o medo me cega E luz não há por bem Não vou desistir de mim Nem deixar de ser assim Não vou julgar o que aqui está Porque o que será, será Quero lutar Mas as armas não me pertencem Quero sonhar Mas os pesadelos ainda me vencem Quero conhecer o futuro Quando ele chegar Quero ser fruto maduro Mas não vou desistir de brincar Quero uma boa vida Para todos os que conheço Quero a terra prometida Mas não a mereço Não quero ser reconhecida Nem que me ofereçam o coração Quero uma mão estendida Por nenhuma razão E se a razão fosse frágil Também é a defesa deste frágil universo E para me tornar ágil Agora me despeço

Meu Astro Azul

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Marreco matreiro Comilão e brincalhão Foste o primeiro A causar sensação Nessa batalha de crescer Sempre à procura De quem quererias ser Meiguinho e pequenino Mas guloso e mais que fino Sempre de entusiasmo arrebitado E com o focinho arregalado De ver alguém E sempre a fugir das mãos de ninguém Príncipe entre princesas Infância pura e de pestanas acesas E o pouco que dura bem sei Nunca te esquecerei

Minha Estrelinha Cor-de-Rosa

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Vieste correndo, chegando Desafiando O mundo por um lugar Menina tímida Com garras para lutar Irmã de Rainha Companheira de quem não está sozinha Brinca sempre por aí Terás sempre casa aqui Minha amora Silvestre Selvagem e com alma de mestre Mostra a liberdade Que acarinhaste de verdade Arranha-me E agarra-te a mim Rouba-me o colo E descansa assim Não sejas atrevida E não fujas do meu coração Pois toda a tua vida É uma bela de uma canção

Mundo Perfeito

Será que consegues descobrir se o mundo é perfeito? Ou se és um perfeito parvalhão à procura de uma razão para viver neste mundo? É assim que começa Com as cantigas das tradições de uma identidade intacta Com as certezas das definições de uma sociedade que ainda mata E se te assustam os furões Furas o caminho para fora daqui Vá, tu consegues! Esquece-te de ti! Lava as histórias e a ficção Com o suor das memórias e da ilusão De uma experiência que já não existe Só uma única coisa fica: Aquilo que já sentiste.

Estar aqui...

Isto não rima, não coincide Muito é capaz de nem fazer sentido É um texto, palavras à calha O que calhar, se calhar parece nexo Mas é só, simplesmente, nada complexo É uma história Nem uma história sequer: É um momento Um instante Uma coisa que não quis que acontecesse E no entanto Foi aquele segundo Que como tantos outros, Andava sem olhar bem para onde punha os pés Mas pus e pisei e calquei o chão sem querer No chão rastejava um caracol Rastejava sem eu saber E eu esmaguei-o sem intenção Foi aí que percebi, ao descobrir o caracol esmagado nas botas Percebi a pensar na história do caracol Não lhe queria mal, se calhar comeu-me couves Como tantos outros, mas é isso que eles fazem Porque animais somente fazem Porque sabem como viver Imagino os obstáculos que ultrapassou As alegrias que já teve Os céus onde já esteve Vida de caracol não merece tal destino cruel Nenhuma vida o merece Não há mal que possa ter feito Que tenha de ter sido vingado Ao fica

Chove chove....

Chove e chove e Sobe a alma Lá para o fundo do jardim E corre vento sobre a calma Que se apodera de mim As melodias tocam pedras A terra húmida chama vida Chama que arde suas perdas Numa arte já vencida Esquece o trato com o planeta Já é imenso o Universo Trata de encontrar o cometa Que desfaz em pó um novo verso Velho é o céu e as estrelas Cá os passos são de bebé É difícil entendê-las Mas as entranhas sabem como é E se estranhas Estas palavras diferentes Talvez poderás perceber Que existem muitas frentes Frentes de verdade e de razão De vaidade e de coração Mas se vai a felicidade de estar aqui Enfrenta esse mundo que eu não entendi

Algo que não se veja

Já não estou aqui à procura de alguma coisa Quero e não quero Algo que não se veja Quero assistir à luz E voar para outro lado Quero esperar o desconhecido E largar o passado Quero um contente que ainda não acabou Aceito o presente que ainda não começou Não quero olhar para ti E ver o que quer que seja Porque quero e não quero Algo que não se veja Não tenho ilusões nem desilusões Espero tudo e não espero nada Não quero agarrar corações Nem encontrar a entrada Conversa comigo pela janela E fecha a porta quando saires Deixa só a aguarela Daquilo que sentires Não quero estar aqui E sinto um sonho que me beija Assim quero e não quero Algo que não se veja

"1 ROSTO 1 SEGREDO": O LIVRO

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Depois do sucesso da exposição "1 rosto 1 segredo", chega-nos "1 rosto 1 segredo": o livro. Se adoraste as obras de Bruna Rei e queres uma lembrança desta exposição, ou gostarias imenso de a visitar e não podes, ou simplesmente gostas de poesia e estas maravilhosas aguarelas são uma mais-valia: ENCOMENDA JÁ O TEU! Envia mensagem privada para The Lizard Princess ou para o e-mail lizardprincess@reborn.com. Preço: 10 segredos Podes escolher que seja enviado por Correio (portes de envio não incluídos) ou escolher levantá-lo no Armazém 17ª Arte .

Para mim...

Como eu queria que lembrasses Lembrasses de deitar Virar os olhos ao contrário  E esquecer de respirar Lembrar é difícil assim E não posso realmente pedir Para te lembrares de mim Embora, como eu queria que lembrasses Lembrasses de ir E voltar Como eu queria que a saudade Não fosse só minha para apagar E se já não voltas, não voltes mais Porque o mundo dá voltas demais E se lembrares só vou sorrir Só para te ver partir Aquela única vez é o que tenho Vejo as pessoas a tê-lo o tempo todo E aquela única vez é o que tenho Para depois cair em mim o lodo Tenho ciúmes sim De toda a gente Não é um fim Nem é inteligente A ideia de voltar para mim

Passa por aqui...

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Não peço que aceites tudo o que eu digo O quê que eu sei sobre o que quer que seja? Não quero que sigas o caminho que eu sigo Quando só a dúvida me beija Não quero que acredites em tudo o que ouves Nem sei bem se estarás a ouvir Não quero que digas tudo o que pensas Se já sabes que todos os pensamentos vão fugir Não quero que caias nas minhas crenças Quero que descubras as tuas Quer as percas ou as venças Revolve-as até ficarem nuas Não que fiques dum lado ou do outro Quero que os tentes ver os dois E se compreenderes o teu Já poderás responder ao depois Pois o mundo não gira à tua volta E só a tua alma e a tua vontade te pertencem Não são os desejos que andam à solta Mas os sacrifícios que te vencem Vencem um lugar aqui No meio do sol e da escuridão E os sorrisos que descobres É que te aquecem o coração E a alma que já não pertence a ninguém Nem ao mal nem ao bem Pertencem ao irracional Onde tudo é real Por isso quero que acredites Nos teus próprios

... Sol

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E se eu escrever palavras na areia Alguém as apaga com desdém ou sensatez Não sei o que valem Digam vocês Mas os sentimentos ficam Aqui dentro de mim E rebolam e picam Como um areal sem fim E a tempestade começa Num mar de lágrimas doces e amargas E salga-se assim está peça De feridas cicatrizadas Não posso pedir para ficar Nem eu, nem o luar Porque os reflexos que cegam Tanto magoam como curam E a mágoa não é mar A cicatriz não é amar Se assim o fiz foi sem querer Fui guiada pelo desejo de ser...

Fluindo...

Deixa fluir Escreve de rajada Não penses em mais nada Deixa ir Deixa correr Deixa fluir As emoções que hás-de ter Deixa-te sentir O positivo e o negativo Deixa fluir O novo e o antigo Deixa a saudade e a melancolia Deixa a tristeza e a alegria Deixa o medo e a esperança Deixa o velho e a criança Deixa fluir A pedra e o rio O quente e o frio O mar e o gelo O desdém e o apelo Deixa sorrir e sonhar Deixa a ferida chorar Deixa a raiva arder E o coração bater Deixa a tinta escorregar Deixa os pensamentos pensar Deixa entrar e deixa sair Deixa-te estar e começa a fugir Deixa fluir Porque a constante do Universo É continuar a mudar Deixa fingir este verso E deixa-te navegar O tempo não pára A gravidade não desiste O tempo nem tudo sara E nem tudo existe Então deixa fluir Deixa assim ser Deixa amar e sentir Deixa o coração bater

Fúria

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Cega Enlouquece Gela E endurece a alma. Destrói a razão E perde a calma Fica parada No meio da confusão E do nada Arde e magoa. Volta para o escuro muita gente boa. Fecha num muro E o sorriso já não voa Corrói e perfura Tira o sentimento De alguma coisa pura E nesse sofrimento Já quase que tortura E quando a besta acorda Todos e ninguém concorda A besta sai de mim e vai dormir E por fim Voltarei a sorrir

(En)Gata

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(imagem e título por Bruna Rei ) Salta, rola Ronrona Aparece subitamente No amor do meu coração Grita, mente E rouba-me a razão Faz-me sonhar E sentir especial Põe-te a roçar E faz-me sentir mal Rouba-me a paciência E a atenção também Esmaga-me a ciência Não há mal sem bem Nem o bom sem o mau Olha-me assim E diz: MIAU...

A janela permanece fechada

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O céu está tão limpo Porque tenho de fechar a janela? Porque não posso ficar ao relento Viver meu sentimento E tenho de continuar presa Fechada Não há beleza Nem que a gaiola seja dourada Se calhar está frio Como a correria de um rio Mas sonho com vida Com liberdade Como será viver de verdade A Lua costumava-me olhar Essa que eu costumava admirar Já não é prestada atenção Chego-me a esquecer da intenção Nunca pedi um desejo A esses minúsculos seres brilhantes E agora vejo Que nunca me lembrei disso antes Gostava de andar por aí Correr contra o vento Vaguear Como se o mundo fosse lento Gostava de voar Tocar o ar Não quero mais sentir o chão Nem o peso da minha mão Gostava de sentir A chuva na cara Não ter de fugir Do que alguma vez amara Gostava de conhecer Todas as cores do mundo Saber nadar E deixar-me ir ao fundo Gostava de tocar Em cada grão desta terra Visitar todas as montanhas C

Ainda sou uma criança...

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Releio os contos De momentos passados Os sérios e os tontos Os desejos convocados Repetem-se os sentimentos E as lições também Todos esses momentos Que já não são de ninguém São de mim Alguém que já pude ser Tão igual assim Agora eu sou Alguém que quero conhecer Embora, eu vou Voltar-me a esquecer E assim vivo outra vez E percebo que nada mudou Os mesmos porquês Sobre tudo aquilo que sou Então porque me sinto diferente Só um pouco menos só Só um pouco mais contente Não estou animada Não vejo o caminho Não tenho piada Nem tenho carinho Roubam-me o coração Com a facilidade de um sorriso A minha razão É que é tudo que eu preciso Mas falta-me a confiança Não sei como a entregar Ainda sou uma criança Com medo de se enganar E não sei se vale a pena Tentar-me conquistar Não vejo bem esta cena Comigo a actuar Mantenho-me na esperança De ter muito para dar Mas ainda sou uma criança Com medo