O grito da borboleta
Por entre o espaço e o tempo
Um grito irrompe por dentro
Numa tarefa de morte
Só pânico como consorte
Um estalo na espinha
Parte-se mais um consenso
E um animal agora definha
Em agonia num tom denso
O mar torna-se nuvem
O fumo alastra o oceano
As pequenas gotas caem
No chão que berra insano
A solidão estremece
Numa imensidão de medo
E a loucura apodrece
Na sua história sem enredo
O desespero na sua envergadura
Chega atraiçoando o horror
E a sensação de sutura
Inala remoendo o fedor
O choro começa a perdoar
E o riso magoa o vento
Vergado e preso pelo trovejar
Na alucinação de um colorido cinzento
E paira o alento no ar
E pára o sentimento de coroar
Todo o mundo não passa de uma silhueta
E eu ouço o grito da borboleta
Before I sink into the big sleep I want to hear the scream of the butterfly The Doors (when the music’s over)
Está lindo, as rimas estão muito bem conseguidas...
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